Bancos 25/09/2020 05:56

Banco Central tenta minimizar a saída de capital estrangeiro do país

O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, tentou minimizar a forte saída de capital estrangeiro e a queda no fluxo de entrada de Investimento Direto no País (IDP).

O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, tentou minimizar a forte saída de capital estrangeiro e a queda no fluxo de entrada de Investimento Direto no País (IDP).

Para ele, a fuga está mais relacionada com as incertezas da recessão provocada pela pandemia de covid-19, e, portanto, “é natural” em momentos de crise, mas, no ano que vem,  “haverá retomada”.

Dados do BC divulgados na quarta-feira confirmaram a saída recorde de US$ 15,2 bilhões no acumulado do ano, o maior volume desde 1982.

O volume de retirada de investimentos em carteira no país foi recorde, somando US$ 28,3 bilhões, dos quais US$ 19,5 bilhões em ações e US$ 8,8 bilhões em títulos da dívida.

“A queda do investimento direto está mais associado à crise. É um processo natural e entendemos que o IDP vai retomar o crescimento no ano que vem”, apostou Campos Neto, nesta quinta-feira (24/09), durante apresentação do Relatório Trimestral de Inflação (RTI), que atualizou as projeções macroeconômicas, com dados mais otimistas do que os do mercado e os do Ministério da Economia para 2021.

“Sim, tivemos uma saída muito grande nos primeiros meses da crise. Mas já está havendo uma retomada, em parcela menor do que a que saiu”, afirmou.

Campos Neto reconheceu que o movimento de saída de recursos do país também está relacionado à redução da taxa básica de juros (Selic), que foi mantida, na semana passada, pelo Comitê de Política Monetária (Copom) do BC em 2% ao ano, o menor patamar da história.

“Na medida em que a taxa de juros vai diminuindo no Brasil, e, pela própria crise, houve uma saída dos investimentos em renda fixa e em ações”, justificou.

De n Corre Brazlense

Ricardo Rosado de Holanda


Descrição Jornalista