Economia 25/07/2020 09:44

Companhias investem mais de U$S 580 milhões no onshore potiguar

Com a abertura do mercado, as operadoras independentes aplicaram recursos para aquisição e operação de campos maduros no RN, abrindo oportunidades na cadeia e reaquecendo o setor

Com a sinalização da Petrobras de atuar exclusivamente na exploração de óleo e gás natural do segmento offshore em águas ultraprofundas, as atividades de produção terrestre e nos acumulados marginais se abriram para as operadoras independentes e companhias de médio e pequeno portes.

A abertura proporcionou a retomada dos investimentos no onshore brasileiro, reaquecendo o setor nos estados da Bahia, Rio Grande do Norte, Amazonas, Espírito Santo, Sergipe e Alagoas, que concentram as maiores produções do país.  

Esse movimento tem gerado novas oportunidades para pequenas empresas envolvidas na cadeia produtiva que dá suporte à operação mesmo diante do cenário de pandemia da Covid-19.

Somente no Rio Grande do Norte, os investimentos realizados já ultrapassam meio bilhão de dólares e trazem perspectivas otimistas, não somente de retomada dos níveis de produção, mas também de reaquecimento da atividade e da economia das regiões produtoras, castigadas pelos desinvestimentos da estatal do petróleo. 

Atualmente, pelo menos dez operadoras independentes estão explorando esse mercado em solo potiguar. A maior delas é a Potiguar E&P, ligada ao grupo Petro Recôncavo, que aplicou US$ 384 milhões somente para arrematar os campos do polo Riacho da Forquilha.

O início das atividades no estado, em dezembro do ano passado, rendeu um incremento de produção da ordem de aproximadamente 22% para o grupo. A produção subiu de 3,7 mil barris por dia, à época, para 4,5 mil barris por dia atualmente. 

Conforme dados da Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), o Rio Grande do Norte teve um decréscimo de produção de óleo de 12,6% e de gás  de 27,5% nos últimos anos. 

“Ainda não conseguimos reverter essa queda da produção de petróleo, mas os dados da Potiguar E&P são alvissareiros porque mostram que, obviamente com todas as operadoras operando os campos, há uma tendência de aumento de produção e uma diminuição dessa queda. Isso é muito favorável”, avalia o presidente da RedePetro RN, Gutemberg Dias.  

Fonte e foto: Portal do Sebrae

Ricardo Rosado de Holanda


Descrição Jornalista