Corrupção 10/07/2020 09:31
Lava Jato sob pressão para reduzir estrelismos e excessos da força-tarefa
Uma decisão do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Dias Toffoli, acirrou o clima de disputa no Ministério Público Federal (MPF).
Uma decisão do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Dias Toffoli, acirrou o clima de disputa no Ministério Público Federal (MPF).
O ministro determinou que as forças-tarefas da Lava-Jato no Paraná, no Rio de Janeiro e em São Paulo repassem à Procuradoria-Geral da República (PGR) todos os dados colhidos durante a operação, que está em andamento desde 2014.
O magistrado acatou um pedido do procurador-geral da República, Augusto Aras. Ele informou à Corte ter “dificuldades” de acesso às informações.
De acordo com a determinação de Toffoli, a PGR deve ter acesso a “todas as bases de dados estruturados e não-estruturados utilizadas e obtidas em suas investigacões, por meio de sua remessa atual, e para dados pretéritos e futuros, à Secretaria de Perícia, Pesquisa e Análise do gabinete do procurador-geral da República”.
O ministro também decidiu que o MPF deve avaliar o eventual envolvimento de autoridades com foro nas investigações.
A PGR afirma que os nomes do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), constam de uma denúncia oferecida à Justiça contra suspeitos de envolvimento no esquema investigado pela operação no Paraná.
Em razão do cargo, os dois parlamentares têm foro privilegiado. Ações contra eles devem tramitar no Supremo, e a denúncia tem de ser oferecida pelo procurador-geral da República.
Deu no Correio Braziliense
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