Aposentados 07/04/2020 11:04

Aos 92 anos, médico escreve recomendações sobre pessoas idosas

Os idosos estão no topo entre os grupos de risco neste momento de pandemia provocada pela Covid-19. Documento da Associação Brasileira de Saúde Coletiva (ABRASCO), subscrito pelo diretor do Instituto Envelhecer (IEN) da UFRN, Kênio Lima, trata desse assunto cada dia mais delicado e preocupante.

Como contribuição, o médico e professor aposentado da UFRN, Celso Matias de Almeida, escreveu, de próprio punho, recomendações importantes a serem seguidas pelos idosos, mas também por quem está próximo deles.

Aos 92 anos e com muita disposição, ele empresta seu olhar humanista para reforçar questões que vão além do cuidado contra esse novo vírus.

Assim como disseram os profissionais que assinam o manifesto da Abrasco, Celso Matias lembra que isolamento não pode reforçar a condição de solidão à qual estão submetidas muitas pessoas da terceira idade.

“Habitualmente, ou quase, as pessoas idosas já não se sentem capazes de executar certas atividades da vida diária em sua própria casa. Às vezes, até as que ainda podem fazer alguma coisa são impedidas por familiares que acham que elas precisam de repouso, porque já fizeram muito. Ao contrário, deverão ser estimuladas a colaborar”, diz o médico.

Em seu entendimento, deixar as pessoas idosas inativas contribui para a sua incapacidade física. Neste período de pandemia, Celso usa seu conhecimento acumulado para reforçar a importância de diminuição de contato desse grupo com pessoas mais jovens que possam transmitir para eles a doença, mas reforça a necessidade de se manter “um relacionamento humano cordial”.

Sua preocupação é um alerta para os prejuízos psicológicos e sociais que os períodos prolongados de afastamento podem provocar, não apenas em idosos.

Fonte e foto: Portal da UFRN

Ricardo Rosado de Holanda


Descrição Jornalista